(Índios Apinajé)
Hoje uma criança na Casa de
Brincar Alecrim me perguntou se eles iriam se vestir de índios. Eu sorrir e
disse a ela que iríamos falar sobre isso. Durante a oficina de música, abri uma
ressalva para falar sobre o Dia do índio.
Mas sobre qual índio falamos para
nossas crianças? Dizemos a elas quem são os verdadeiros índios, ou ficamos
fantasiando cocares e penachos feitos com papeis, cartolinas e penas? Será que
conseguimos falar verdadeiramente que os índios são pessoas de direitos,
cidadãos que merecem respeito como qualquer outra pessoa?
Em pleno século XXI a educação formal
e sistematizada ainda não evoluiu e continuamos a tratar nossas crianças como
seres que precisam serem moldados. No dia 19 de abril ainda exaltamos o
índio inexistente, o índio feliz, o índio estereotipado e caricaturado.
Esquecemos de explicar as nossas crianças durante as aulas seja na Educação
Infantil ou nas séries subsequentes que os povos indígenas, assim como os
portugueses e africanos formaram o povo brasileiro, logo, possuem real
importância e são sujeitos de direitos.
Assim, precisamos proporcionar as
crianças uma educação que auxiliem a formação cultural e social, que promova a
construção de conhecimento e que respeite a sua condição de seres pensantes.
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