terça-feira, 19 de abril de 2016

TODO DIA É DIA DE ÍNDIO!

(Índios Apinajé) 

Hoje uma criança na Casa de Brincar Alecrim me perguntou se eles iriam se vestir de índios. Eu sorrir e disse a ela que iríamos falar sobre isso. Durante a oficina de música, abri uma ressalva para falar sobre o Dia do índio.

Mas sobre qual índio falamos para nossas crianças? Dizemos a elas quem são os verdadeiros índios, ou ficamos fantasiando cocares e penachos feitos com papeis, cartolinas e penas? Será que conseguimos falar verdadeiramente que os índios são pessoas de direitos, cidadãos que merecem respeito como qualquer outra pessoa?

Em pleno século XXI a educação formal e sistematizada ainda não evoluiu e continuamos a tratar nossas crianças como seres que precisam serem  moldados.  No dia 19 de abril ainda exaltamos o índio inexistente, o índio feliz, o índio estereotipado e caricaturado. Esquecemos de explicar as nossas crianças durante as aulas seja na Educação Infantil ou nas séries subsequentes que os povos indígenas, assim como os portugueses e africanos formaram o povo brasileiro, logo, possuem real importância e são sujeitos de direitos.

Assim, precisamos proporcionar as crianças uma educação que auxiliem a formação cultural e social, que promova a construção de conhecimento e que respeite a sua condição de seres pensantes. 

domingo, 3 de abril de 2016

MENINOS DE TODAS AS CORES!

Era uma vez um menino branco chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia: 

É bom ser branco
porque é branco o açúcar, tão doce,
porque é branco o leite, tão saboroso,
porque é branca a neve, tão linda.

Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos. Arranjou uma amiga, chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:

É bom ser amarelo
porque é amarelo o Sol
e amarelo o girassol
mais a areia da praia.